NOSSA MAIOR NECESSIDADE
“E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede”. Jo 6.35
O texto do apóstolo João inclui vários eventos e ensinamentos significativos. O capítulo começa com a alimentação de cinco mil, onde Jesus milagrosamente alimenta uma grande multidão de pessoas com apenas cinco pães e dois peixes. Este evento demonstra o poder e a compaixão de Jesus para com os famintos e necessitados. No entanto, também causa confusão entre a multidão, que não entende totalmente o significado do que aconteceu, servindo como um prelúdio para os ensinamentos de Jesus sobre o pão da vida, que seguem mais adiante neste capítulo 6 de João.
No desenvolvimento do capítulo, podemos perceber toda a popularidade de Jesus (v.2) e a manifestação do seu poder através da visível relação entre este ato messiânico e Moisés (v.3) subindo ao monte Sinai (Mt 5.1; Mc 3.13). Jesus, o “Profeta” (Dt 18.15,18) supre as necessidades da multidão com pão e peixinhos assim como Moisés com maná e codornizes (Nm 11.31).
A compreensão de tal ação realizada pelo Senhor estava tão distante da compreensão dos judeus de sua época, quanto estava distante a compreensão dos hebreus no deserto, frente ao poder de Deus manifesto através do seu servo Moisés.
Os desdobramentos do texto nos mostram isso de forma clara, pois os judeus insistentemente procuravam a Jesus. E percebendo a origem de sua motivação o nosso Senhor os indaga: “Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes”. (Jo 6.26)
Diante disto o nosso Senhor se apresenta como “O Pão da vida”. Ainda que todas as nossas necessidades terrenas fossem satisfeitas, nunca estaríamos completamente realizados se a nossa maior necessidade não fosse saciada. E a nossa maior necessidade não se dá na esfera material. “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” (Mt 16.26).
A maior necessidade do homem deveria traduzir-se em conhecer ao Senhor. Amá-lo. Desejá-lo. Querê-lo mais do que a própria vida. Contemplá-lo na beleza da Sua santidade e como disse o salmista: “Alegre-se Israel naquele que o fez, regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei” (Sl 149.2).
Somente a Palavra de nosso Senhor com seu poder transformador, pode transformar o coração dos homens e torná-los conscientes dos verdadeiros valores na esfera celestial (Ef. 1.3).
Frente a debandada dos judeus ao término do discurso de Jesus, precisamos nos manter firmes e ter a disposição apresentada pelo apóstolo Pedro: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.68).
Que a nossa maior necessidade neste mundo seja a de buscar a presença do Senhor Jesus. Aquela traduzida pelas palavras do apóstolo Pedro que afirmam ser somente o Senhor aquele capaz de saciar completamente as nossas mais profundas necessidades. Ele é o verdadeiro “Pão da vida”.
Mauro Corrêa e Rejane Corrêa – Diáconos da Segunda Igreja Batista de São Luís